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Os Estados Unidos retiraram Alexandre de Moraes e sua esposa da lista de sanções Magnitsky

  Revogação vem após Washington identificar contexto político que permitisse reverter a medida sem desgaste diplomático. O governo dos Estad...

 


Revogação vem após Washington identificar contexto político que permitisse reverter a medida sem desgaste diplomático.

O governo dos Estados Unidos retirou, na tarde desta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, da lista de sanções da Lei Global Magnitsky. 

Conforme divulgado pelo Uol, a medida encerra quase cinco meses de restrições impostas pelo Ofac, órgão do Departamento do Tesouro responsável pelo controle de ativos estrangeiros.

Também deixam a lista a esposa do magistrado, a advogada Viviane Barci de Moraes, e o Lex Instituto de Estudos Jurídicos Ltda., ligado à família.

Com a decisão, cessam todas as limitações financeiras e territoriais decorrentes da designação: Moraes volta a poder transitar pelos EUA, manter bens em território norte-americano e realizar operações em dólar ou com instituições sediadas no país.

EUA retiram Alexandre de Moraes e esposa da lista de sanções Magnitsky(Imagem: Arte Migalhas)

O ministro havia sido incluído na Magnitsky em 30 de julho, durante o governo Donald Trump. Conforme divulgado pelo Uol, o então mandatário acusava Moraes de violações de direitos humanos por sua atuação como relator do processo da trama golpista que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão, além de decisões judiciais que determinaram a retirada de conteúdos de usuários norte-americanos em redes sociais.

Reaproximação entre Trump e Lula

Nos últimos dias, porém, a situação passou a ser revista em Washington diante da aproximação construída entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Uol, o republicano teria orientado seus auxiliares a buscar um "acordo" com o Brasil como condição para normalizar as relações bilaterais.

Lula reiterou em conversas telefônicas e encontros presenciais com Trump que o restabelecimento pleno dos laços dependia da retirada das sanções impostas a Moraes e também do fim das tarifas políticas de 40% aplicadas ao Brasil.

Após o diálogo mais recente, em 2 de dezembro, o presidente brasileiro afirmou estar convicto de que anúncios unilaterais positivos seriam feitos por Washington.

Trump também mencionou "as sanções que coloquei neles por coisas que aconteceram" ao comentar a conversa com Lula, afirmando que "muitas coisas boas" estavam por vir. Bolsonaro já não figurava nas discussões entre os dois presidentes, e o tema igualmente havia desaparecido das conversas entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio.

Por isso, tanto o Itamaraty quanto o Planalto avaliavam que a retirada de Moraes da Magnitsky era apenas questão de tempo.

Recuo americano

Segundo revelou o Uol, autoridades norte-americanas aguardavam uma ocasião que permitisse reverter a medida sem desmoralizar o instrumento da Lei Magnitsky. Isso ocorreu na madrugada da última quarta-feira.

A aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei da dosimetria - que pode reduzir as penas de Bolsonaro e de outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro - foi interpretada em Washington como um sinal de resposta ao movimento de pressão sobre o Judiciário brasileiro.

Para autoridades americanas, o avanço da proposta ofereceu o contexto necessário para justificar o recuo sem comprometer a credibilidade da ferramenta de sanções.

Com isso, a decisão foi formalizada nesta segunda-feira, encerrando um dos capítulos mais tensos da relação bilateral recente.

Da redação do Portal de Notícias com informações: Uol.

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