Condenação na Operação Testa de Ferro: 9 criminosos presos por fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Algemados, deixaram o fórum da 1ª ...
Condenação na Operação Testa de Ferro: 9 criminosos presos por fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Algemados, deixaram o fórum da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras com penas de até 56 anos
O juiz da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras proferiu sentença condenando nove integrantes de uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro, desarticulada na “Operação Testa de Ferro”.
A ação, conduzida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (NCyber), em parceria com a Delegacia de Repressão ao Crime Cibernético (DRCC), desmantelou um esquema sofisticado que movimentava valores ilícitos com precisão e ousadia.
No epicentro da quadrilha estava Eliaquens de Sousa dos Santos, o líder do grupo, que recebeu uma pena de 56 anos e 11 dias de reclusão em regime fechado, além de 162 dias-multa, pelos crimes de organização criminosa, furtos qualificados mediante fraude e lavagem de dinheiro.
Sua companheira, Ana Paula Jarles de Souza, também peça-chave nas fraudes e na ocultação dos lucros ilícitos, foi condenada a 55 anos e 1 mês de prisão, com 160 dias-multa.
Daniel Silva, conhecido como “Romero” e coordenador operacional da organização, teve pena fixada em 52 anos, 2 meses e 27 dias de reclusão, além de 153 dias-multa, por sua participação direta na execução das fraudes, repasse de ordens e divisão dos lucros.
A investigação revelou a estrutura hierárquica e eficiente do grupo. Romero, subordinado diretamente a Eliaquens, gerenciava o fluxo de contas bancárias usadas nas fraudes e distribuía as tarefas aos gerentes de operações, garantindo a continuidade do esquema.
Juntos, Eliaquens e Romero abocanhavam até 70% dos valores desviados, evidenciando a ganância que movia a organização.
Outros cinco integrantes — Fernando de Souza Pimenta, Juliana Pereira Mateus dos Santos, Jailson dos Santos Mendes, Rogério de Souza Pimenta e Jackson Moreira da Rocha — também foram condenados, com penas que variam entre 8 e 9 anos de reclusão em regime fechado, refletindo suas participações no esquema.
A sentença, resultado do desmembramento de uma ação penal envolvendo os oito comparsas de Romero, reforça o compromisso do Judiciário em combater crimes cibernéticos que lesam vítimas e desestabilizam o sistema financeiro.
Da redação do Portal de Notícias
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