A paz em construção Projeto Construindo a Cultura de Paz conclui sua jornada em duas escolas do DF com atividades que fortalecem convivênc...
A paz em construção
Projeto Construindo a Cultura de Paz conclui sua jornada em duas escolas do DF com atividades que fortalecem convivência, diálogo e vínculos comunitários.
Dias para se emocionar, refletir e se divertir. Assim serão as duas últimas atividades do projeto Construindo a Cultura de Paz que serão realizadas na Escola Classe Ruralzinha, no Riacho Fundo II, na quinta-feira, 27 de novembro, e na Escola Classe 10 de Sobradinho, no sábado (29), ambas das 9h às 11h30. Antes, o Centro de Ensino Fundamental Queima Lençol (Sobradinho) e a Escola Classe Colônia Agrícola Vicente Pires receberam as primeiras culminâncias da iniciativa.
O projeto - idealizado pelas educadoras e escritoras Débora Bianca e Lair Franca e executado pelo Instituto Latinoamerica por meio de um Termo de Fomento da Secretaria de Educação do DF - percorreu quatro escolas públicas com oficinas de leitura, hip-hop, narração oral, mediação de conflitos e atividades artísticas voltadas à convivência pacífica dentro do ambiente escolar.
As culminâncias representam o fechamento coletivo do ciclo vivido por cada escola. Em todas as unidades participantes, as atividades incluem elementos simbólicos como a Árvore da Paz, a Flâmula da Paz, a execução da canção Paz pela Paz e o tradicional abraço coletivo, reforçando o compromisso com um ambiente escolar acolhedor e seguro.
Para Débora Bianca, educar pela paz exige continuidade e presença: "A paz se aprende com o exemplo. Quando uma criança descobre o poder da palavra bem usada, ela muda a si mesma e muda tudo ao redor."
Lair Franca reforça que o objetivo não é silenciar conflitos, mas qualificá-los: "Não buscamos silêncio. Buscamos diálogo. A paz não é ausência de conflito, mas saber o que fazer com ele."
Violência- Os dados recentes reforçam a relevância do projeto. Entre janeiro e julho deste ano, a Polícia Civil registrou 1.349 ocorrências criminais dentro ou próximas às unidades escolares, o equivalente a quase sete episódios por dia. Entre eles, casos graves: em outubro, houve registro de pai preso por agressões e ameaças na Asa Sul e, mais recentemente, a agressão a um professor de 53 anos no Guará I.
Além dos episódios físicos, a violência emocional preocupa. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) mostrou que 76,4% dos professores e 91,7% dos gestores escolares já enfrentaram situações de bullying nas unidades onde atuam. Entre os estudantes que sofrem esse tipo de violência, 38,3% relatam faltar às aulas por medo, vergonha ou sofrimento emocional. O estudo indica ainda que apenas 27,5% das escolas possuem programas permanentes de acolhimento ou mentoria.
Impacto- A supervisora da Escola Classe Ruralzinha, de Riacho Fundo, Veridiana Dourado, destaca que o impacto das ações já se reflete no comportamento das crianças: "É um projeto muito importante, porque agrega valores e leva a comunidade escolar à reflexão. Através do lúdico conseguimos trabalhar temas urgentes e que nem sempre chegam às crianças de forma acessível", disse.
Já a supervisora da Escola Classe Colônia Agrícola Vicente Pires, Cliciane Cordeiro, afirma que a escola ficou muito contente por ter sido contemplada. "Os alunos aprenderam, de forma lúdica e prazerosa, a respeitar, valorizar e conviver melhor com o outro, fortalecendo atitudes de empatia e solidariedade, não só no dia a dia escolar, mas em todos os momentos da vida", observou.
Programação - A programação que será realizada nas duas escolas segue a seguinte ordem:
9h às 9h30 – fala introdutória e leitura do texto "A gente se acostuma, mas não devia, de Marina Colasanti"
9h30 às 10h – apresentação das oficinas Hip Hop da Paz
10h às 10h50 – apresentação da Turma do Caracol
10h50 às 11h20 – entrega de brindes e palavras finais da gestão escolar
11h20 às 11h30 – visita à exposição fotográfica
A Turma do Caracol - Projeto de musicalização infantil, com músicas autorais e ilustradas, que exploram características dos animais para transmitir lições sobre a natureza e temas do cotidiano. As músicas são cantadas por personagens como o caracol, que toca violão, e a joaninha, que anima o coral, e acompanham materiais como livros e CDs.
Pazito - O mascote do projeto, Pazito - um papagaio contador de histórias da paz, acompanha todas as atividades e se tornou símbolo afetivo entre as crianças, aproximando o tema da convivência com leveza e pertencimento.
Com as últimas culminâncias, o projeto encerra sua primeira edição deixando uma mensagem clara: a paz não é um ponto final, mas um caminho coletivo construído com escuta, exemplo e afeto.
Serviço
O quê: Culminâncias finais do projeto Construindo a Cultura de Paz
Onde e quando:
27 de novembro – Escola Classe Ruralzinha (Riacho Fundo II), 9h às 11h30
29 de novembro – Escola Classe 10 de Sobradinho, 9h às 11h30
Informações: Instagram @paz.pazito
Idealizado pelas educadoras e escritoras Débora Bianca e Lair França, o Projeto Construindo a Cultura de Paz é executado pelo Instituto Latinoamerica por meio de um Termo de Fomento da Secretaria de Educação do DF.
-Projeto no CEF Queima Lençol, em Sobradinho
Débora Bianca, uma das idealizadoras do projeto, na EC 10 de Sobradinho
Lair Franca, uma das idealizadoras, tocando umas das atividades do projeto
Oficina de Hip Hop no CEF Queima Lençol, em Sobradinho
-A Turma do Caracol no CEF Queima Lençol
Lair Franca, uma das idealizadores do projeto ao lado de uma das exposições de fotos do Projeto
Exposição de fotos na a EC Colônia Agrícola Vicente Pires
Pazito
Projeto na EC Ruralzinha, Riacho Fundo II
Projeto na EC 10 Sobradinho
Cartaz das frases- uma das atividades do Projeto
Da redação do Portal de Notícias

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