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O Presidente Lula participou de um encontro com alunos da Rede de Cursinhos, evento registrado por Ricardo Stuckert/PR, ressaltando o compromisso com a soberania nacional e destacando que a postura digna do país é essencial. Durante um aulão preparatório para o Enem, em São Bernardo do Campo (SP), o presidente afirmou que jamais outro líder estrangeiro deverá dirigir-se ao Brasil de maneira autoritária. Apesar de não citar diretamente Donald Trump, a referência parecia clara, especialmente após uma conversa telefônica com o ex-presidente dos Estados Unidos no último dia 6. Ambos também tiveram um breve encontro na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, onde acertaram dar continuidade ao diálogo.
Diante de uma audiência formada majoritariamente por estudantes e integrantes do PT, Lula reforçou a importância da defesa da soberania brasileira, mencionando como exemplo as tarifas de 50% impostas por Trump às exportações brasileiras, tema que influenciou positivamente sua popularidade nas pesquisas mais recentes. Estas indicam que ele continua sendo o principal nome para as eleições presidenciais de 2026.
Após o contato entre os líderes, o chanceler Mauro Vieira reuniu-se com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, para iniciar discussões voltadas às agendas diplomática e comercial entre Brasil e EUA. Em discurso para os estudantes, Lula destacou a necessidade de construir uma identidade latino-americana independente. "É preciso que sonhemos com um continente que seja forte e livre de imposições externas. Não se trata de coragem, mas de dignidade e caráter", afirmou.
Na sexta-feira, Lula também esteve em reunião no Palácio da Alvorada com o chanceler brasileiro, que detalhou as tratativas realizadas com Rubio. Vieira classificou o encontro como objetivo e revelou que ambos os países demonstraram interesse em avançar nas negociações comerciais.
Além disso, durante o evento, o presidente aproveitou para criticar aspectos do mercado financeiro, especialmente as demandas da elite econômica nas discussões sobre orçamento. Ele defendeu a expansão do programa Pé-de-Meia, que busca combater a evasão escolar entre estudantes do ensino médio por meio de incentivos financeiros. Segundo ele, enquanto setores da economia alegam preocupações com o custo fiscal da medida, o objetivo principal é investir na juventude brasileira, e não em banqueiros ou especuladores.
Outras novidades apresentadas incluem a ampliação da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), que visa apoiar estudantes no preparo para o Enem e outros exames vestibulares. Lula anunciou uma nova chamada pública para dezembro, com investimentos estimados em R$ 108 milhões. A meta do programa é beneficiar até 500 cursinhos até 2026 e fortalecer políticas educacionais focadas no acesso ao ensino superior.
O presidente também destacou a importância de investir em conhecimento e inovação como pilares para desenvolver o país de forma sustentável e igualitária no futuro. Segundo ele, o Brasil deve oferecer ao mundo inteligência e tecnologia, além de produtos básicos como soja e minério. Por fim, frisou a persistência necessária da juventude: "O Brasil do futuro será muito melhor se vocês não desistirem".
Da redação do Portal de Notícias com informações do CB
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